segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Precisamos de mais moda masculina

Precisamos de mais moda masculina

Desfile da grife Mario Queiróz   Foto: Carlos Zambrotti/AgNews

Mario Queiróz investe na alfaiataria levada a peças em que o costume clássico ganham ares renovados

Crônica - Rosângela Espinossi
Direto da SPFW

O diretor da São Paulo Fashion Week e Fashion Rio, Paulo Borges, já levantou a ideia de em algum tempo levar os desfiles de moda masculina para o Rio, assim como os de moda praia, criando uma identidade para o evento carioca. Tomara que se consiga tal feito. Falo isso por conta da moda masculina brasileira, tratada como a filha rejeitada nos desfiles brasileiros.

Aproveito para comentar isso justamente quando acontecem os desfiles de moda internacional para os homens, agora em Paris, e alguns dias atrás, em Milão. E exatamente na edição da SPFW em que uma das marcas que costuma trazer ares novos ao guarda-roupa masculino deixou de desfilar: a V.ROM. Os poucos que se apresentam mostram boas ideias e apontam, já há algum tempo, um caminho novo para o homem se vestir, entre o clássico e o arrojado: foi assim com Mario Queiroz e o poderoso masculino de Alexandre Herchcovitch, que definitivamente caminha para o lado cada vez mais comercial chique, sem deixar de lado seu DNA alternativo. Uma mistura que, está provada, dá certo, sendo feita com talento, como o dele.

Os fundamentos da costura masculina estão lá, com alfaiataria levada a peças em que o costume clássico (calça e paletó), jaquetas e cacacos ganham ares renovados, volumes diferenciados e saem da mesmice, sem chegar ao transgressor absurdo.

Um caminho entre os dois extremos a que sempre foi submetida a moda masculina, como disse o historiador João Braga, durante um bate-papo que tive com ele aqui na Bienal: "A moda masculina mais arrojada e moderna é considerada para gays; ou então caímos no clássico de sempre. A mentalidade machista do homem latino muitas vezes não permite inovações."

Está na hora de pensarmos com mais carinho nos nossos homens, que podem conseguir se adaptar aos novos tempos, sim. Peças brilhantes, com cristais, tecidos ou fios, peças justas ou mais enviesadas, calças em vários comprimentos e larguras diferenciadas oferecem uma infinidade de opções ao guarda-roupa masculino. Será que o nossos homens estão preparados para isso? Vamos começar a ver tudo com outros olhos, não só achando que inovação é mudar a cor da camisa ou da gravata.

Mas sem exageros, afinal não dá para trabalhar, mesmo às sextas-feiras, com bermuda, chinelão e regata. O limite entre o arrojado e o clássico é o equilíbrio, por isso a vontade de ver mais ideias de moda masculina nas passarelas. É isso.

http://moda.terra.com.br/spfw/inverno/2010/noticias/0,,OI4221011-EI14592,00-Precisamos+de+mais+moda+masculina.html


















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